Na véspera da minha próxima folga, peguei a primeira lotação por volta das 04:30 e fui até o Tucuruvi pegar a tal senha. Realmente lá era bem mais fácil e consegui tranquilamente, tinham algumas pessoas na fila, mas não mais de 80. No dia seguinte paguei um conhecido que trabalhava com táxi para que me levasse até lá, dessa vez minha mãe não pôde me acompanhar e só fomos eu e o Milagre. Enquanto eu abria o portão, o coloquei no chão (o levei dentro de uma caixa) e ele e meu cachorro trocaram rosnados! Ou seja, estava impossibilitado de andar mas ainda tinha personalidade! Rs.
Quanto ao fato de eu não morar em São Paulo, pedi ao meu namorado que me encontrasse lá com seu comprovante de residência, e cadastramos como se o Milagre fosse dele. E uma coisa boa era que o titular não precisaria ficar até o final e nem participar de todas as consultas. Sendo assim, depois ele foi trabalhar e eu fiquei.
Cheguei lá às sete da manhã e como todo atendimento em órgãos públicos são demorados, esse não foi diferente. A parte da triagem que você entrava e explicava o motivo de estar ali era rápido, mas depois que você voltava para a sala de espera para aguardar as próximas etapas, demoravam demais! Até mesmo mais de uma hora.
Eu não podia reclamar porque tinha tirado o dia para aquilo e afinal era de graça, sem contar a qualidade dos profissionais. Por coincidência, a mesma veterinária que me atendeu no Tatuapé estava lá no momento da triagem, e quando nos viu fez questão de nos atender! Dizia aos outros: “olha o cachorro do qual eu falei” nos sentimos queridos!
Sabe quando você era pequeno(a) e sua mãe te levava ao médico? Lembra quando demorava e ela ficava conversando com outras mães, cada uma contando a doença do seu filho? Foi exatamente igual! Umas perguntavam para as outras o que o seu bichinho tinha, e pude perceber pela faixa etária dos presentes que eu era a mais nova (sem considerar seus filhos), e na maioria também eram cachorros, alguns davam para perceber qual problema tinham, e o que mais me chocou foi um com tumor enorme no corpo. 😦 Certo momento eu me incomodava com algumas crianças que vinham até mim “curiar” o que o Milagre tinha, e simplesmente tampava a cirurgia dele com um pano fazendo “cara de paisagem”.