A veterinária fez um curativo tampando aquele osso agoniante, e o doparam, pois obviamente estava sentindo muita dor. Avaliaram o quadro dele e não. Não me falaram de eutanásia. Disseram que seria preciso amputar a pata dele, pois não tinha como recuperá-la. 😦 Como já vi cachorros com três patas antes andando pela rua, apesar do choque, pensei que talvez não fosse tão ruim, já que pelo menos ele sobreviveria.
Fizeram o orçamento e tudo ficou nada menos que R$2.500!!! Incluso exames da região afetada, pulmão, para saberem se não afetou as vias respiratórias, dias de internações (que depois da cirurgia era o segundo mais caro), e detalhe: esse valor era com desconto!
A essa altura o Rafael, meu amigo, já havia chegado, e ficou tão chocado quanto eu! Afinal, que parte do cachorro não ser nosso e termos o socorrido por solidariedade, eles não tinham entendido?! Precisavam cobrar tudo isso? Até nós pensamos em eutanásia naquele momento, pois só dele estar ali, e não largado na rua, como ocorreu no momento do acidente, já era uma medida de amenizar seu sofrimento.
Mas acabou que resolvemos tentar salvá-lo, afinal nós tínhamos ido até ali com outras intenções e ao que parecia, era só amputar a pata, e ficaria tudo certo! O Rafael, até disse que ficaria com o cãozinho para ele depois. Daí ele ligou para sua irmã e tentou pedir emprestado o cartão de crédito, para parcelarmos o tratamento. Mas ela não pôde ajudar.
Eu liguei para o meu namorado que estava em minha casa, e que nem fazia ideia de onde eu tinha ido parar, e fiz o mesmo pedido. Ele porém, nos ajudou! 🙂 Demos entrada naquela clínica a tarde, e só saímos a noite, tamanha burocracia. Ao sair, nos sentimos vitoriosos. Por saber que o “Milagre” (que até então era “anônimo”) seria tratado. Mas…. Quem disse que a vida é simples e fácil?