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Milagre – Parte 3 “Na Clínica”

A veterinária fez um curativo tampando aquele osso agoniante, e o doparam, pois obviamente estava sentindo muita dor. Avaliaram o quadro dele e não. Não me falaram de eutanásia. Disseram que seria preciso amputar a pata dele, pois não tinha como recuperá-la. 😦 Como já vi cachorros com três patas antes andando pela rua, apesar do choque, pensei que talvez não fosse tão ruim, já que pelo menos ele sobreviveria.

Fizeram o orçamento e tudo ficou nada menos que R$2.500!!! Incluso exames da região afetada, pulmão, para saberem se não afetou as vias respiratórias, dias de internações (que depois da cirurgia era o segundo mais caro), e detalhe: esse valor era com desconto!

A essa altura o Rafael, meu amigo, já havia chegado, e ficou tão chocado quanto eu! Afinal, que parte do cachorro não ser nosso e termos o socorrido por solidariedade, eles não tinham entendido?! Precisavam cobrar tudo isso? Até nós pensamos em eutanásia naquele momento, pois só dele estar ali, e não largado na rua, como ocorreu no momento do acidente, já era uma medida de amenizar seu sofrimento.

Mas acabou que resolvemos tentar salvá-lo, afinal nós tínhamos ido até ali com outras intenções e ao que parecia, era só amputar a pata, e ficaria tudo certo! O Rafael, até disse que ficaria com o cãozinho para ele depois. Daí ele ligou para sua irmã e tentou pedir emprestado o cartão de crédito, para parcelarmos o tratamento. Mas ela não pôde ajudar.

Eu liguei para o meu namorado que estava em minha casa, e que nem fazia ideia de onde eu tinha ido parar, e fiz o mesmo pedido. Ele porém, nos ajudou! 🙂 Demos entrada naquela clínica a tarde, e só saímos a noite, tamanha burocracia. Ao sair, nos sentimos vitoriosos. Por saber que o “Milagre” (que até então era “anônimo”) seria tratado. Mas…. Quem disse que a vida é simples e fácil?

 

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Milagre – Parte 2 “Em Busca de Socorro”

Como nenhum pet shop aceitou nos ajudar, resolvemos ligar para a clínica veterinária que funciona 24 horas chamada “Arca de Noé”, para nos informarmos do custo para o atendimento emergencial. Eles informaram que seria R$100 e nesse momento meu amigo tomou a frente, disse que pagaria para que socorressem o cãozinho, (estávamos confiantes de que sendo atendido no emergencial tudo seria resolvido), o grande porém naquele momento, era como o levaríamos, já que não tínhamos carro. Sei o que você deve estar pensando: “Porque não pediram o táxi da própria clínica?” Acontece que o táxi da própria clínica, geraria um custo maior ao que estávamos podendo naquele momento.

Sendo assim, enquanto pensávamos em alguém que poderia nos levar, naquele instante, passou o carro da “Regatha Rações” – cujo dono nos conhece desde criança, acredito que todo mundo no bairro, conheça o Enilson! – Meu amigo, saiu correndo atrás do carro e eu fiquei com o cachorro. Minutos depois, eles voltaram juntos. Organizamos que, eu iria com o Enilson e o cachorro, enquanto meu amigo ia em sua casa buscar o dinheiro, e depois iria de ônibus para a clínica (levava uns 15 minutos by bus).

A cada lombada, o cãozinho, demonstrava sentir mais dores. Ele começava a querer me morder enquanto tentava se mexer. Eu ficava em pânico três vezes: por ele; pela possível mordida e pela camiseta que estava escorregando e deixando a mostra seu osso ensanguentado! Pedi ao Enilson desesperada, que arrumasse a camiseta, mas o cachorro se mexia demais e imagine quão foi minha agonia quando a camiseta que estava tampando, caiu nos meus pés?! 😥 Eu não conseguia abaixar para pegar e o Enilson como estava dirigindo, não conseguia também! Foi muito agoniante, e a clínica não chegava nunca!!!

Como aquele carro era próprio da casa de ração, o Enilson tinha uma focinheira no carro, e conseguiu me ajudar com um dos atritos. E ainda a caminho, ele me disse que aquele caso estava perdido, que provavelmente falariam da eutanásia. Assim que chegamos, eu já o segurava toda de mau jeito. Ele se mexia muito, e eu não conseguia arrumá-lo em meu colo. Entrei e já fui direto para a sala de emergência.

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O Milagre – Parte 1 “Como Tudo Começou”

Alguma vez, já contei para vocês de um cachorro chamado Milagre? Dei esse nome a ele devido as circunstâncias. Como a história é longa, cada dia postarei um pouco.

1° Dia

Aquela tarde era para ser como qualquer outra tarde de sábado para mim. Estava me aprontando para ir fazer as unhas, aguardando meu amigo, que também ía ao salão para cortar o cabelo, passar em minha casa. Até que meu celular tocou. Era esse meu amigo, e dizia desesperado na ligação, quase chorando, que tinha acabado de ver um cachorro sendo atropelado! E pediu para que eu fosse até o local, pois não poderia deixar o cachorro naquela situação, precisava ajudar. Imediatamente, aflita pelo desespero em sua voz e pelo seu relato, saí correndo de casa para a avenida em que ele estava, próximo a minha casa.

Chegando lá… Nunca vi uma cena mais agoniante em toda minha vida! Tinham levado o cachorro para a calçada, e o cobriram com uma camiseta velha. Cheguei perto para olhar melhor e quase não tive forças quando vi a situação em que aquele bichinho se encontrava… Estava com uma fratura exposta na pata direita da frente, com o osso quebrado ao meio, e o restante da pata pendurada por um fio de pele, as demais partes do corpinho dele pareciam estar normais, mas ele estava em um estado de choque, parado e não chorava, ficava com um olhar perdido e as vezes lhe dava uns piripaques, onde queria se mexer, ameaçando morder quem o impedisse. Quando o vi me deu vontade de chorar! 😥 Como alguém poderia ter um coração tão ruim, de não desacelerar vendo-o na rua? O carro que o havia atropelado, segundo testemunhas, era de porte grande, e passou em alta velocidade!

Eu e meu amigo, não sabíamos o que fazer. Tinham algumas pessoas em volta, mas estava claro que não fariam nada, por falta de recursos, falta de tempo, estavam ali sendo solidários mas ninguém se prontificou a levá-lo ao veterinário. Tentamos ligar na Zoonose, e até mesmo em alguns pet shops da região, que possuíam clínica veterinária, explicando o que havia acontecido e perguntando se poderiam ajudar, afinal também não tínhamos recursos, mas não podíamos deixá-lo ali a “Deus-dará”. Mas obviamente nenhum pet shop se sensibilizou.

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Fazendo Meu Filme 4 – Fani Em Busca Do Final Feliz

Autor: Paula Pimenta

Editora: Gutenberg

Ano: 2012

Demorei para finalizar a leitura desse livro, pois além de ter 603 páginas, não queria terminar nunca, pois sabia que ficaria com gosto de quero mais! O que dizer da Paula Pimenta? Não é a toa que sou sua fã! Eu não esperava que fosse acontecer, mas chorei no final. Muitas reviravoltas, contra-tempos e claro, muito romance!

Desde o primeiro livro, os personagens Fani e Léo sempre são separados pelo destino:

 

  • Primeiro o Intercâmbio;
  • Depois o ciúme do Léo + Mal entendido;
  • Pai da Fani;
  • 5 anos longe;
  • Reencontro difícil;
  • Ex noiva do Léo (duas vezes!);
  • Contra-tempos para novo reencontro.

E sempre que se reencontravam, passavam um tempo juntos e depois acontecia tudo de novo! Sabemos que é clichê em toda história de amor, perto do final, acontecer algo ruim para que depois aconteça a coisa boa para fechar com chave de ouro, mas é um clichê gostoso de acompanhar!

Fica minha dica para quem ainda não leu, ler todas as temporadas de Fazendo Meu Filme, aproveitem para ler enquanto não sai o filme! (Sim! A história ganhará adaptação para o cinema em 2015!) E depois me contem se gostaram tanto quanto eu!